quinta-feira, 22 de março de 2012

Do que eu sei

Eu sou sujo,
eu sou puro,
eu sou mudo 
e eu sou surdo.


Não sei do céu,
nem o gosto do mel.
Não sei do mar ,
nem o cheiro do ar.


Estou perto do fim,
estou afim de mim.
Estou próximo do inicio,
estou distante do integro.


Assim me acho,
assim me disfarço.
Por mim não passo,
por ti talvez um laço.


Medo do mistério,
medo do que é sério.
A coragem desconsidero,
a coragem não é meu império. 

domingo, 11 de março de 2012

As visões da chuva

"chove muito
e apenas o muro
é o que enxergo.


Chove o mundo
de pessoas que me cercam,
pois elas o sentido já perderam.


chove na inocência
e também na experiencia 
de vidas diferentes,porém também vidas.


chove no jardim
do abismo da saudade,
que em vaidade,se veste de humanidade.


Chove num conflito
que abita nossos conscientes,
que mesmo cientes,não estamos contentes.


Chove lágrimas 
de sangue desnorteados
por fatos que não se conta por páginas.


Chove também de verdade,
e é bem próximo de mim
que até me esqueci, que realmente chove.

O adeus de um grande homem

"Já não há caminho
que não posso lembrar,
de um olhar,um sorriso
ou seu jeito de andar.

Eu me escondo do mundo
no silêncio de seu bar,
onde tantos segundos 
eu pude ali te amar.

É vago aquele banco
que por anos ali ficava.
Eu te amava tanto
que seu adeus assim,não esperava"

 Poesia em homenagem à Raimundo Luiz Vieira da Silva